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Industry News

Gestora Spectra Structures a New Fund of Funds (em português)

6 January 2014

(Valor Economico) Spectra Management initiated the capture of a new fund to select and apply funds that buy stakes in companies (private equity). Over US$50m have already been committed, the firm intends to raise up to US$200m.

A gestora Spectra deu início à captação de um novo fundo destinado a selecionar e aplicar em fundos que compram participações em empresas (private equity). Com R$ 50 milhões já comprometidos, a firma pretende levantar até R$ 200 milhões, a maior parte de investidores pessoas físicas de altíssima renda, que ainda têm pouco acesso a esse tipo de aplicação.

O cenário de fraca atividade econômica, combinado ao ciclo de alta nas taxas de juros não seria desfavorável ao investimento em ativos reais? “Ao contrário”, responde Renato Abissamra, sócio da Spectra. “Nesses momentos, o capital do private equity se torna mais valioso, o que favorece negócios a preços mais atrativos”, afirma.

O “fundo de fundos” é o segundo da Spectra e seguirá a mesma cartilha: investir em gestores que têm como foco adquirir participações em empresas médias. O fundo também pode fazer coinvestimentos e deter participações diretas nas companhias.

Com patrimônio de R$ 60 milhões, o primeiro fundo da Spectra possui aproximadamente 80% dos recursos aplicados, segundo Abissamra. Atualmente, o fundo investe diretamente em cinco gestoras Aqua Capital, Axxon, DLM Invista, Endurance e DGF, e detém coinvestimentos em três empresas.

Para o novo fundo, a principal novidade deve ser a aplicação de uma pequena parte dos recursos, de até 10%, em fundos com investimentos em empresas de países vizinhos ao Brasil, segundo Abissamra. A Spectra pretende aplicar em até oito gestoras e deter, indiretamente, participações em 30 a 50 companhias.

Com prazo de dez anos, os quatro primeiros voltados à fase de investimentos, o fundo deve ser distribuído principalmente para clientes private (altíssima renda) de instituições financeiras e gestores de fortunas (family offices). O sócio da Spectra diz que as características do produto, como a permissão para investimentos no exterior, não comportariam a entrada de fundos de pensão.

Abissamra afirma que a estrutura de fundos de fundos permite ao investidor uma diversificação maior da carteira do que a aplicação direta. Mesmo com a recente alta da taxa básica de juros, ele vê uma demanda crescente desse tipo de cliente por opções alternativas de aplicação. “O private equity foi a classe de ativos que mais deu retorno nas últimas duas décadas, da ordem de 25% ao ano”, diz.