LAVCA in the News
Empresas de private equity têm investimento recorde na AL em 2010
21 March 2011
By Cynthia Decloedt
March 21, 2011– As empresas de private equity levantaram um total recorde de US$ 8,1 bilhões para investimentos na América Latina no ano passado, segundo a Associação Latino-Americana de Venture Capital (Lavca, na sigla em inglês). O número representa mais que o dobro dos US$ 3,6 bilhões levantados em 2009 e supera o recorde anterior de 2008, de US$ 6,4 bilhões.
A intensa atenção aos investimentos na região, especialmente no Brasil, já se reflete no elevado preço das operações no país. “Há várias empresas de private equity agora ativas (no Brasil) e é inevitável que os preços subam”, disse o vice-diretor para América Latina da empresa de private equity Advent International, um membro da Lavca em Boston.
A empresa de private equity de fundos HarbourVest Partners LLC, que administra US$ 30 bilhões em investimentos de private equity, pretende investir um total de cerca de US$ 150 milhões a US$ 200 milhões na América Latina com três a cinco administradores de private equity.
“Ao investir na América Latina, não se pode ignorar o Brasil, a maior economia da região. Embora estejamos buscando diversificar na região, em virtude de preocupações relacionadas aos preços e à atual apreciação do real, o Brasil deve responder pela nossa maior exposição em um único país”, disse Scott Voss, da HarbourVest.
O Brasil tem sido o destino preferido das empresas de private equity desde 2007. O grupo Carlyle fez três aquisições no país no ano passado, somando US$ 1,6 bilhão, incluindo US$ 1,2 bilhão pelo controle da companhia de saúde Qualicorp.
Outras empresas como a Apax Partners, Silver Lake, First Reserve Corp., Warburg Pincus LLC e TPG Capital fizeram seus primeiros investimentos no Brasil no ano passado, segundo a Lavca. Já as empresas Partners Group, KKR & Co., 3i Group PLC, Providence Equity Partners e Bain Capital LLC estão abrindo escritórios no país ou em busca de parceiros locais, acrescentou a Lavca.
“Muitos investidores globais foram para a Índia e para a China e esses mercados ficaram congestionados e caros entre os mercados de private equity emergentes”, disse o presidente da Lavca, Cate Ambrose. “A América Latina é menos competitiva e os valores são atraentes, particularmente para operações médias. Os investidores encontram estabilidade política em países como o Chile, o Brasil, o México, a Colômbia e o Peru, forte demanda doméstica e expansão do crédito. Vemos um interesse sem precedente na região”.
Fundos norte-americanos e focados na Europa, em termos financeiros, levantaram muito mais capital do que a América Latina: US$ 184,8 bilhões em 2010, segundo dados da Pregin. Mas em termos de crescimento porcentual de um ano para o outro, os países desenvolvidos, na verdade, registraram queda. As informações são da Dow Jones.
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